SC - Governo reavalia Substituição tributária sobre o Simples
			O regime restringe o universo de empresas a serem controladas pelo fisco e, consequentemente, inibe a sonegação.
		
	
	
		
		Após uma longa rodada de negociação com entidades empresariais de Santa  Catarina, determinada pelo Governador Leonel Pavan, a Secretaria da  Fazenda avalia a possibilidade de revogação do regime de substituição  tributária (ST) sobre empresas enquadradas no Simples Nacional. Um  estudo com as repercussões será avaliado pela equipe de governo na  próxima terça-feira (10). "Estamos conversando há meses com os  representantes das micro e pequenas empresas, que com o novo regime  acabam perdendo benefícios do Simples. É importante lembrar que uma  possível revogação terá reflexos tanto na arrecadação quanto na relação  com outros Estados", explica Pavan.
 
A substituição tributária, que concentra a cobrança de ICMS no início da  cadeia, vem sendo implantada gradualmente sobre vários setores no  Brasil e em Santa Catarina. O regime restringe o universo de empresas a  serem controladas pelo fisco e, consequentemente, inibe a sonegação. O  problema se deu sobre empresas enquadradas no Simples Nacional, que  ingressaram na substituição tributária a partir de maio.
 
O Secretário da Fazenda, Cleverson Siewert, esclarece que o sistema  facilita muito a fiscalização sobre o varejo, já que o produto chega ao  revendedor com o tributo pago. "Estimamos uma perda de R$ 200 milhões ao  ano na arrecadação por conta de uma possível retirada da ST. Por outro  lado, os empresários têm relatado reiteradamente as dificuldades por  conta da mudança. É uma equação de difícil solução", resume. Além disso,  o secretário explica que uma revogação poderia implicar em atritos com  outros Estados. "O ingresso dos setores na ST se dá por meio de  convênios com outros Estados, também signatários do sistema. Santa  Catarina levou o assunto ao Confaz - Conselho Nacional de Política  Fazendária, que decide sobre benefícios fiscais, mas não houve  receptividade. Os relatos de secretários de outros Estados dão conta de  que não houve sequer espaço para negociação com os empresários. Os  Estados simplesmente fizeram valer o regime. Aqui, apesar das possíveis  conseqüências, não pretendemos tomar uma decisão unilateral", completa.